As imagens que tenho visionado no ANIM são imagens cinematográficas de propaganda. Foi estas especificamente que escolhi olhar. No caso concreto das colecções que escolhi (Jornal Português e Imagens de Portugal) trata-se de jornais cinematográficos de actualidades - antepassados dos telejornais se quiserem. Como tal, com o advento e popularização das televisões foram-se extinguido e desapareceram quase completamente na década de 70 do século XX.
Portugal não teve uma produção muito intensa. Não podia ser de outro modo porque a escassez de actualidades é quase correlativa à escassez de filmes de ficção.
No entanto, houve fases em que pela sua regularidade - no caso das Imagens de Portugal - ou mesmo pela escassez relativa da produção ficcional - no caso do Jornal Português - se afirmaram como incontornáveis na propaganda do Estado Novo e como fontes para uma percepção das representações pelo regime.
Quando defini o meu objecto ainda encetei um esforço para encontrar imagens de natureza etnográfica de produção nacional. Espero chegar lá um dia. Entretanto, as de Jean Rouch, impõem-se, com toda a sua vibração.
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